quinta-feira, 1 de setembro de 2016

VACINAÇÃO

As vacinações permitem evitar doenças infectocontagiosas fatais. Algumas são obrigatórias. Só podem ser eficazes se forem ministradas em determinada circunstância, ou seja, respeitando um calendário preciso. 

O cachorro recebe a primeira imunidade da mãe, são anticorpos presentes no colostro. Estes são transmitidos pelo leite materno, durante as primeiras horas de vida do cachorro (24 horas no máximo) e caso a mãe tenha uma boa imunidade. Então o cão já está protegido na ausência de medidas de vacinação. Além disso, deve-se saber que o sistema imunológico do cão não é completamente desenvolvido ao nascimento, e está maduro após a sexta semana. 

Ao vacinar o cão pela primeira vez deve-se tomar cuidado para não interferir com os anticorpos maternos, fenômeno que pode persistir de 10 a 12 semanas de idade. Portanto pode-se começar a implantar protocolos de vacinação a partir de 8 a 10 semanas de idade. 

É preferível que o cachorro seja vacinado contra todas as doenças infecciosas que poderiam ser fatais. Além da vacinação anti-rábica obrigatória o cachorro deve ser vacinado contra cinomose, hepatite contagiosa, leptospirose e parvovirose.


Os diferentes tipos de vacinas

A administração de uma vacina a um cão baseia-se na inoculação de microrganismos patogênicos ou de frações destes, de forma que o animal possa produzir uma imunidade contra estes vírus ou bactérias.

Algumas vacinas são ditas “agentes vivos”, o que significa que os microrganismos ainda podem se multiplicar no organismo do cão, sem, no entanto, possuírem caráter patogênico.

As vacinas de agentes atenuados: trata-se de microrganismos – vírus ou bactérias de forma diminuída após mutações obtidas.

Vacinas são ditas homólogas de os agentes que estão presentes na vacina forem do mesmo responsável pela doença. E heterólogas quando se utiliza microrganismo diferente.

Outras vacinas, cujos agentes patogênicos foram modificados geneticamente, perdendo a sua virulência.

Existem também vacinas com agentes inativos, nos quais o agente patogênico foi morto por ações químicas. Estas vacinas possuem uma maior inocuidade do que as vacinas vivas, porém uma eficácia menor. Por este motivo são frequentes o uso do adjuvante com a função de prorrogar o contato com o organismo. No caso da vacina anti-rábica, a presença de um adjuvante dispensa uma segunda injeção após a primeira vacinação.


Acidentes pós-vacinas

Um cuidado importante de profissionais de pet shops e de clinicas veterinárias é prestar importantes esclarecimentos aos proprietários dos animais de estimação, quanto aos riscos de procedimentos de imunização de seus animais, sem a devida orientação e supervisão de um médico veterinário, considerando esta prática cada vez mais comum e temerosa, pois devem ser levadas em conta respostas negativas imunológicas, tais como: Interferência de anticorpos maternos, verminoses e doenças intercorrentes. 

Existem três formas de manifestações sintomáticas que caracterizam acidentes pós-vacinas: Reações alérgicas em locais, reações alérgicas sistêmicas (choque anafilático) e acidentes neuro-paralíticos. 

Reações alérgicas locais: Podem ocorrer após a aplicação de vacinas e estão associadas a presença de adjuvante de imunidade, necessário para aumentar a resposta da imunogênica, e tem relação com uma sensibilidade individual. Caracterizadas pela queda de pelos no local da aplicação, inflamação abaixo da pele e com tudo a mudança de cor da pele. 

Reações alérgicas sistêmicas (Choque Anafilático): É uma reação alérgica grave e de rápida progressão que pode provocar até a morte, após a disseminação da vacina. Os órgãos envolvidos são o baço e pulmões, os sinais clínicos incluem náuseas, vômitos, diarreia, inquietação, ataxia (Falta de coordenação de movimentos musculares voluntários e de equilíbrio), ataques epileptiformes (convulções), palidez nas mucosas, taquipnéia (aumento do ciclo respiratório) e taquicardia (aumento dos batimentos do coração). Alguns animais podem ter hipersalivação, tenesmo e defecação. 

Acidentes neuro-paralíticos: São afecções nervosas, que tem maior importância no cão, pois é mais sujeito a ter encefalites, pela frequência com que é imunizado com as vacinas anti-rábicas. Está evidenciado que a substância responsável pela encefalite alérgica existe na substância branca do cérebro de mamíferos, que quando injetada haveria a formação de anticorpos que se ligam a uma parte determinada de mielina, causando a sua degradação e consequentemente estabelecimento da encefalite alérgica, os sintomas são de paralisia após a administração em tecido nervoso, a afecção se inicia comumente, por paralisia em membros, com rápida progressão por todo o corpo até a morte. 

Desta forma observamos que todo o processo de imunização deve ser ministrado ou acompanhado por um profissional médico veterinário, que avalie primeiramente as condições gerais do animal, analisando seu nível de infestação parasitária, sua condição nutricional e elaborando um programa de vacinação obedecendo as possíveis condições de imuno-interferencias. Em decorrência dos riscos pós-vacinação descritos, a exigência de uma supervisão e acompanhamento do ato de aplicação deste programa de vacinação é imprescindível.

Um comentário:

  1. Nossa eu não sabia que era tão perigoso assim. Os meus sempre foram vacinados por um atendente do aviário! ��

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